terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Atividade física: essencial para uma vida melhor

Atualmente, a maioria das pessoas reconhece que as atividades físicas proporcionam inúmeros benefícios à saúde. Mas será que você sabe mesmo quais benefícios são estes?

No artigo abaixo, Camila Nardin, educadora física e profissional da Corpore Piracicaba, explica com detalhes.



Os benefícios das atividades físicas


Todos nós sabemos que a atividade física proporciona inúmeros benefícios à saúde – sejam eles a curto, médio ou longo prazo –, além de ser essencial para uma vida melhor.

Quando você pratica atividade física, o corpo todo tira o máximo de proveito. É o mesmo princípio da ação e reação, como, por exemplo, braçadas na piscina fazem o coração bater mais rápido, um abdominal aumenta a irrigação sanguínea na barriga, uma passada na corrida libera hormônios que dão conta do impacto nos ossos – e graças a esse turbilhão de reações você vai ter menos gripes, dormir melhor e viver mais!

Quando você começa a atividade, o cérebro é o primeiro a se manifestar. O eixo hipotálamo-hipófise, duas glândulas que ficam na cabeça, estimulam outras duas áreas: sistema nervoso simpático autônomo e as glândulas suprarrenais (que liberam os hormônios adrenalina e noradrenalina e mandam o coração bater mais rápido), isso porque células e tecidos musculares exigem energia e oxigênio para fazer esforço. Quanto mais rápida as contrações, maior é o fluxo sanguíneo, e maior é o aporte de energia para os músculos.

A noradrenalina e a adrenalina são dois hormônios que também estimulam a liberação de glicogênio – os alimentos processados e transformados pelo organismo em glicose vão virar essa base energética. Eles agem com substâncias como o cortisol e glucagon, degradando moléculas que viram energia; o exercício aeróbio usa mais gordura como substrato energético, o que poupa o glicogênio. Conforme esses quilos vão embora, a massa magra aumenta essa que tem necessidade energética para se manter, ou seja, aumenta o gasto calórico basal (gasto de energia em repouso). A nova composição corporal acelera o metabolismo e ensina o corpo a usar nutrientes ingeridos.

Outro benefício de menos glicose circulando é que haverá menos insulina sendo produzida. A atividade física estimula a produção da GLUT-4, proteína que age entrando e saindo dos músculos, estimulando a glicose a entrar. Logo, há risco menor de diabetes tipo 2. Na contração, os músculos liberam glutamina, um aminoácido que é a base energética para as células do sistema imune, prevenindo até mesmo de gripes.

O exercício gera um estresse físico grande e, com esse estresse, as endorfinas (sensação de bem-estar) são liberadas pela hipófise. Quanto mais frequente, em maior quantidade elas serão produzidas. Seu beneficio é que elas diminuem a dor e dão estímulos para continuar, uma vez secretada, elas continuam ativas por ate 10 horas pós-exercício.

À medida que o sangue leva combustível para os ossos, órgãos e músculos, recebe de volta substâncias como dióxido de carbono trocado por oxigênio. Durante a atividade física para reequilibrar os gases do organismo, o pulmão precisa hiperventilar. Afinal o CO2 produzido nas células limita o exercício se não for expelido pelo corpo. Com isso, melhora a qualidade e a dilatação dos brônquios e alvéolos, aumentando a eficácia do órgão e reduzindo muito o risco de doenças pulmonares.

Além de tantos benefícios, a melhora na qualidade do sono deve ser levada em questão, além do mais, a atividade física regular previne contra todas as causas de mortalidade.

Fonte: 
 Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

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