sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Orientações para um envelhecimento saudável

O envelhecimento é um processo natural da vida. Mas, é fato que existem hábitos que permitem ele ocorra da forma mais saudável e tranquila possível.

Seguir uma alimentação saudável, se exercitar regularmente e reduzir o estresse são fatores que permitem manter o corpo e a mente mais  protegidos do envelhecimento precoce e de doenças crônicas degenerativas. Essas e outras orientações importantes você confere no artigo de Adilson Borsatto Junnior, profissional Clínica Corpore, publicado na Corpore Technical.




Envelhecimento saudável

O envelhecimento faz parte de um processo que tem início na concepção. Por volta dos 30 anos, a pessoa começa a experimentar um declínio gradual geralmente sutil, das características da aptidão, incluindo a resistência cardiovascular, a força, resistências musculares, flexibilidade, dentre outras.

Após os 60 anos, os sinais de envelhecimento tornam-se mais óbvios e ocorre uma evidência substancial de que esse declínio natural pode ser aumentado pelo estilo de vida sedentário. Segundo Azevedo (2011), a adoção de hábitos de vida saudáveis ajuda a manter o corpo e a mente protegidos do envelhecimento precoce e de doenças crônicas degenerativas. Portanto, para um envelhecimento saudável é necessário adotar hábitos alimentares saudáveis, praticar atividade física regular e reduzir os fatores estressantes.

De acordo com Deslandes e Arcoverde (2010), o exercício físico em idosos pode resultar em possíveis ganhos.

Biológicos
aumento da síntese de hormônios, neurotransmissores.
Funcionais
melhora do condicionamento, independência nas atividades básicas da vida diária.
Sociais
contatos sociais, distração, interação.
Psicológicos
autoestima, bem-estar, prazer e humor.

Conforme o pronunciamento do colégio americano de medicina esportiva (ACMS, 2010), o treinamento de resistência ou endurance pode ajudar a manter e melhorar vários aspectos da função cardiovascular, o estado de saúde e contribuir para o incremento na expectativa de vida. Além disso, parece reduzir a pressão arterial da mesma maneira no idoso hipertenso como no adulto jovem hipertenso. Os tipos de exercícios aeróbicos rítmicos que utilizam os grandes grupamentos musculares e que são parte Integral do início dos anos de vida de muitos adultos são:

Caminhar, correr, nadar e pedalar.
Um estudo registrou segundo ACMS, (2010) que a gordura Intra-abdominal decresceu 25% no homem idoso que perdeu apenas 2,5 quilos do peso corporal. Este relato é especialmente importante pelo fato da gordura abdominal estar associada a fatores de riscos de doenças cardiovasculares. Em outro estudo divulgado pela ACMS (2010) com idosos hipertensos, o treinamento de endurance registrou diminuição da pressão arterial a 50% do VO2 máximo efetivando a intensidade leve a moderada para reduzir pressão arterial em idosos hipertensos e melhora da composição corporal.

A ACMS, (2010) define o treinamento de força como um treinamento em que a resistência contra qual um músculo gera força é progressivamente aumentada durante o tempo. E aponta estudo que tem demonstrado que dado um estimulo adequado de treinamento em pessoas idosas seu ganho de força é similar ou superior a indivíduos jovens, podendo ser coadjuvante nas intervenções de redução de peso, incremento na ingestão energética e melhora na ação da insulina em pessoas idosas.

O marco referencial da escolha do exercício e as recomendações específicas de um programa de exercício físico deve ser sistematizado contendo um programa ideal com frequência, duração e intensidades pré-estabelecidas e integradas, programas contendo exercícios de flexibilidade, endurance força conforme recomendações da ACMS(2010). O consentimento de um médico é recomendado em todos os casos. Alertamos que participar de um programa de atividade envolve uma série de decisões pessoais, que desencadeia o processo de aceitação e adaptação à atividade física. Ao longo dos anos vamos construindo nossa forma física de estar no mundo, uma forma física de relacionarmos uns com os outros, uma forma física de existir e transitar pela vida.

A prática de atividade física proporciona ao indivíduo um urencontro com sua corporeidade,  conhecer novas pessoas, fazer amigos, etc. Incorporar o movimento físico em sua vida significa dar novos rumos à sua existência, significa em outras palavras, passar cuidar mais de si mesmo. A vantagem de trabalhar com a possibilidade de resgate da vida, nos reporta à condição intrínseca do ser humano: a vida e suas pulsações. A prática de atividades físicas considera o indivíduo como um ser em suas dimensões bio-psico-social, ensinando a pessoa a viver, mesmo que estas contribuições de ordens subjetivas em sua maioria não possam ser mensuradas.

Conclusão

No caso do envelhecimento a importância da atividade física é grande e deve ser avaliada em vários aspectos:

• Profilaxia de doenças;
• Tratamento de doenças;
• Melhora da qualidade de vida.

Sendo assim, concluímos que a escolha da atividade física para pessoas idosas é um aspecto mais complexo do que no caso de pessoas mais jovens.

Considerando que muitos idosos são sedentários há muitos anos, a perda de aptidão costuma impossibilitar muitas atividades que poderiam ser prazerosas para a pessoa. Por outro lado, a possível presença de osteopenia, artrose, instabilidades articulares, aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial também escolha da atividade física, devido ao risco de patológicas.

No caso de idosos muito debilitados o simples caminhar representar uma atividade de risco devido a possibilidades quedas. Por estas razões, atividades físicas orientadas e acompanhadas por um profissional especializado são a melhor opção de atividade física para idosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
01. Azevedo, J.R. A terceira idade ao longo do tempo. 24/06/2003. Disponível em
www.direitodoidoso.com.br
02. american college of sports medicinais. Posicionamento official: exercício e atividade
física para pessoas idosas. Tradução[de]: Vagner Raso. Victor K. R. Matsudo & Sandra M. M.
Matsudo. 2010. pág. 1-34. Biblioteca digital disponível em: www.educaçãofisica.com.br/
biblioteca. Acesso em: 27 maio 2011.
03. Deslandes, Andréa C:, Arcoverde,Cynthia do S.. Um Aprofundamento nas Doenças
Neurodegenerativas e a Prática de Atividades Físicas. In: Alves Júnior, Edmundo de D.(Org.).

Envelhecimento e Vida Saudável. Rio de Janeiro: Apicuri, 2010.

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